Crise na Segurança III
• 1 abril, 2010 •
As autoridades civis de todos os níveis precisam entender que os militares têm alguns princípios dogmáticos. Além da hierarquia e disciplina, que são fundamentais, outro princípio é a figura do comandante, que é emblemática. Por mais fraco, desinteligente ou humilde que ele seja ele é o comandante. Trata-se de um emblema, inatacável, que chefia e lidera a tropa. Qualquer agressão ao comandante, por menor que seja, atinge a tropa em cheio.
No momento em que os dirigentes públicos ignoram esse fato, não dando a devida importância ao comandante geral, eles abrem espaços para as chamadas lideranças informais, para os aproveitadores, para as vivandeiras e para os adeptos do quanto pior melhor.
O comandante geral não pode ser impedido de falar diretamente com o governador, o comandante geral não pode ser motivo para chacota do secretário ou de quem quer que seja. Ao assinarem um documento pedindo isonomia salarial, os coronéis hipotecaram irrestrita solidariedade ao comandante que, naquele momento se sentia só, pois a tropa estava indignada com o tratamento diferenciado dado dispensado à Polícia Civil. Ele fez o que se esperava dele - procurou seus superiores.
Mas se essa procura os desagradou, o problema deve ser outro e muito distante dos quartéis, devendo ser sempre lembrado que militar só se comporta como militar quando verdadeiramente é tratado como tal.
Fonte: http://fernandomachado.blog.br/crise-na-seguranca-iii/
Comentário:
“Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito.” Jean-Paul de Gondi
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