sexta-feira, 9 de abril de 2010

Erro de avaliação, servidor e competição eleitoral

Por Adriano Oliveira:

Erro de avaliação, servidor e competição eleitoral

Novamente abordo os salários dos servidores. Governadores não dão aumento aos servidores em razão de não querer. Mas por dois motivos principais:

1) limitação fiscal do estado;

e 2) prioridade.

Esta última representa a prioridade dada a certa categoria de servidor ou a investimentos. Quando certa categoria de servidor ganha aumento mais do que outro, isto representa que alguns servidores têm maior poder de pressão junto ao governador.

Delegados receberam reajustes. Merecidos. Policiais civis também, mas não estão satisfeitos. Temos, numa mesma polícia, duas categorias, dois interesses. Delegados estão preocupados com si. E policiais civis devem fazer o mesmo. Delegado depende do agente. Este depende do delegado. Portanto, supõe-se que eles devem ter interesses convergentes.

A Polícia Militar contribuiu para a redução da freqüência de homicídios. São mais policiais nas ruas. Oficiais e praças têm metas de trabalho. São cobrados. Contudo, o aumento dado a Polícia Militar não foi similar ao concedido aos delegados. Oficiais podem estar insatisfeitos. A insatisfação talvez venha a interferir no desempenho dos militares.

Fazendários são privilegiados. O teto é ampliado para beneficiar os fazendários. Professores reclamam dos salários. Docentes ganham muito menos do que os fazendários. Indivíduos precisam ser bem educados. O crescimento econômico caminha atrelado ao aumento do nível de instrução. Fazendários têm diploma de nível superior. Professores também. Mas a diferença salarial é gritante.

Qual é o custo do privilégio? Qual é o custo advindo de uma má avaliação? Existe relação entre insatisfação do servidor e competitividade eleitoral? Não sei responder a estas indagações. Mas pressuponho que alguém não transmite bons conselhos ao governador.

Fonte: http://www.institutomauriciodenassau.com.br/blog/erro-de-avaliacao-servidor-e-competicao-eleitoral/

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