Do JC
Saída de delegados para disputar eleição piora déficit em delegacias
Publicado em 09.07.2008
Nada menos do que 57 cidades de Pernambuco têm delegacias sem delegado. O déficit piorou esta semana com o pedido de licenciamento de mais dez delegados que vão concorrer nas próximas eleições municipais. Além desses profissionais, outros 46 policiais civis entre agentes, escrivães, peritos e médicos-legistas deixaram os cargos provisoriamente na última sexta-feira, como manda a legislação eleitoral. A Polícia Militar registrou menos afastamentos, com o licenciamento de três oficiais e 22 praças.
Ao pedir licenciamento, os policiais continuam recebendo os salários, mas perdem as gratificações. A legislação prevê que os funcionários públicos que pretendem se candidatar se afastem três meses antes das eleições.
O diretor de Polícia Judiciária da Polícia Civil, Newson Motta, assegurou que o déficit de delegados na corporação será solucionado com a efetivação dos 165 alunos que irão concluir o curso na Academia de Polícia, no próximo dia 31 de julho. Além dos novos delegados, estão se formando 460 escrivães e 800 agentes de polícia. Após a conclusão do curso, os novos policiais precisam ser nomeados oficialmente e cada um tem um prazo de até 30 dias para assumir a função.
"Não só o déficit pré-existente, quanto os afastamentos devido ao período eleitoral e até mesmo os casos de aposentadoria foram levados em conta no momento da formação das novas turmas de delegados. Vamos conseguir resolver essa carência com a efetivação dos policiais que estão concluindo o curso na academia", destacou Newson Motta.
Atualmente, apenas na Câmara do Recife existem seis policiais civis e um militar com mandato. Cinco são delegados: João Alberto, Fred Oliveira, José Antônio, Marcos Menezes, Gilvan Cavalcanti e João Arraes. O agente e ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Henrique Leite, completa o grupo oriundo da Polícia Civil. O tenente-coronel Antônio Oliveira é o PM que ocupa o cargo de vereador do Recife.
A bancada da polícia na Assembléia Legislativa também é significativa. São quatro policiais civis e três militares. Os militares são Alberto Feitosa, Sebastião Rufino e Soldado Moisés. Há, ainda, o coronel José Alves, do Exército. Entre os civis estão dois delegados: Eduardo Porto e Antônio Moraes, e dois agentes: Eriberto Medeiros e Sérgio Leite.
Fonte: http://jc.uol.com.br/jornal/2008/07/09/not_289520.php
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