quarta-feira, 9 de julho de 2008

SP: policial militar indiciado por assassinar Coronel

SP: policial militar indiciado por assassinato

Foi indiciado, nesta terça-feira, o policial militar Pascoal dos Santos, acusado de ter matado o coronel José Hermínio Rodrigues, da Polícia Militar, em janeiro de 2008, em São Paulo.



Pascoal dos Santos é suspeito de fazer parte de um grupo de extermínio que teria executado 22 pessoas na Zona Norte da cidade. Foram seis meses de investigações até a polícia ter certeza de que foi o soldado Pascoal dos Santos quem matou o coronel José Hermínio. “Foi um ato insano e isolado desse soldado”, afirmou o delegado Marcos Carneiro Lima.

O crime foi em janeiro de 2008. Segundo a polícia, o assassino chegou de moto, desceu e acertou cinco tiros no coronel, que estava de férias e andava de bicicleta. O modelo da moto é o mesmo da usada pelo soldado Pascoal, e a arma usada no crime pertence ao policial militar, que é conhecido pelos colegas como “monstro”.

O coronel foi assassinado quando investigava policiais militares envolvidos em grupos de extermínio, na região onde trabalhava. Depois da morte do coronel, a polícia cruzou informações de chacinas e homicídios e confirmou a participação de 11 policiais nestes crimes. Os policiais militares teriam executado, pelo menos, 22 pessoas.

“Os casos que foram comprovadamente atribuídos até agora aos policiais militares tiveram motivação específica. Por exemplo: um traficante que não pagou; os policiais foram, possivelmente, vingar a morte de um colega”, ressaltou o capitão Levi Felix, corregedor da Polícia Militar de São Paulo.

Oberdan pode ter sido vítima desses policiais. Ele era jogador de futebol na Áustria e passava um período no Brasil. A investigação aponta que ele foi confundido pelos policiais militares com um traficante. A mãe dele foi avisada do crime pela filha. “Minha filha disse: ‘Mataram, mãe! Mataram o Oberdan! Deram três tiros no Oberdan! Foi polícia mãe, que matou o Oberdam””, contou a mãe do jogador.

Desde a morte do coronel e a prisão dos policiais militares, não houve mais chacinas na região e o número de homicídios caiu pela metade.

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